Há as horas medonhas da noite. Já disse que a insônia me persegue. isto é, às vezes durmo. O mais, é um desaver, pausa pós-pausa.
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Mas ocorre-me, mais que mais, aquele outro estado, que não é de viva vigília, nem de dormir, nem mesmo o de transição comum - mas é como se o meu espírito se soubesse a um tempo em diversos mundos, perpassando-se igualmente em planos entre si apartadíssimos.
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Pinto aquele da 12ª lâmina do Tarô: o homem enforcado - o sacrifício, voluntário, gerador de forças. Esse, é o que me representa.
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Sofro, mas espero. Antes de experiência, profundamente anímica. Tenho de tresmudar-me. Sofro as asas.
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Mas ocorre-me, mais que mais, aquele outro estado, que não é de viva vigília, nem de dormir, nem mesmo o de transição comum - mas é como se o meu espírito se soubesse a um tempo em diversos mundos, perpassando-se igualmente em planos entre si apartadíssimos.
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Pinto aquele da 12ª lâmina do Tarô: o homem enforcado - o sacrifício, voluntário, gerador de forças. Esse, é o que me representa.
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Sofro, mas espero. Antes de experiência, profundamente anímica. Tenho de tresmudar-me. Sofro as asas.
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Guimarães Rosa, em Páramo (Estas Estórias) - imagem: Vita somnium breve, Boecklin
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