21 de outubro de 2007

Dia de desexistir


[Guimarães Rosa, sempre]

Me faltou certeza para responder a ele o que eu estava achando. Que vontade era de pôr meus dedos, de leve, o leve, nos meigos olhos dele, ocultando, para não ter de tolerar de ver assim o chamado, até que ponto esses olhos, sempre havendo, aquela beleza verde, me adoecido, tão impossível. (p.62)


Ah, se eu pudesse mesmo gostar dele - os gostares... (p.66)

Confiança - o senhor sabe - não se tira das coisas feitas ou perfeitas: ela rodeia é o quente da pessoa. (p.72)

Um está sempre no escuro, só no último derradeiro é que clareiam a sala. (p.80)

Bela é a lua, lualã, que torna a se sair das nuvens, mais redonda recortada. (p.89)

Tem horas em que penso que a gente carecia, de repente, de acordar de alguma espécie de encanto. As pessoas e as coisas, não são de verdade! E de que é que, a miúde, a gente adverte incertas saudades? (p.100)

O mal ou o bem, estão é em quem faz; não é no efeito que dão. (p.113)

Tem horas antigas que ficam muito mais perto da gente do que outras, de recente data. (p.115)

Eu queria decifrar as coisas que são importantes.

O que induz a gente para más ações estranhas, é que a gente está pertinho do que é nosso, por direito, e não sabe, não sabe, não sabe?

Ao dôido, doideiras digo. (p.116)

Tive medo. Sabe? Tudo foi isso: tive medo! (p.121)

Muita coisa importante falta nome. (p.125)

Mas, onde é bobice a qualquer resposta, é aí que a pergunta se pergunta. (p.126)

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