No jardim das Hespéridas, sem flores
na discrição dos tufos de folhagem,
passeiam passos lentos
homens de túnica longa,
como os magos da Rosa-Cruz.
Sob os pomos das luzes do Capricórnio
o relógio do tempo
há muito que parou, os dedos superpostos,
como o dia e a noite,
porque não há mais noite e nem dia...
Ar parado,
lagos vidrados,
e vasos,
muitos vasos,
vasos vazios...
Os anciãos perpassam
intérminos terraços,
com olhos tranqüilos, olhos gelados,
de tanto olharem o sol.
E as mãos tateiam calmas,
como se os dedos mergulhassem
a translucidez de uma água,
esculpindo
invisíveis e impossíveis formas novas...
(João Guimarães Rosa, em Magma)
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na discrição dos tufos de folhagem,
passeiam passos lentos
homens de túnica longa,
como os magos da Rosa-Cruz.
Sob os pomos das luzes do Capricórnio
o relógio do tempo
há muito que parou, os dedos superpostos,
como o dia e a noite,
porque não há mais noite e nem dia...
Ar parado,
lagos vidrados,
e vasos,
muitos vasos,
vasos vazios...
Os anciãos perpassam
intérminos terraços,
com olhos tranqüilos, olhos gelados,
de tanto olharem o sol.
E as mãos tateiam calmas,
como se os dedos mergulhassem
a translucidez de uma água,
esculpindo
invisíveis e impossíveis formas novas...
(João Guimarães Rosa, em Magma)
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2 comentários:
"Aqueele abraço (...)"
Sambinha pra deixar um abraço, rsrs... Bjssssss
Aêêê! Que bom você por aqui!
Abraços e sambas, moço!
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