Old Man Sunshine, listen, you, Never tell me dreams come true, Just try it, and I'll start a riot, Beatrice Fairfax don't you dare, Ever tell me she will care, I'm certain, It's the final cutain.
Don't want to hear from and cheerful Pollyannas, Who tell me love will find a way, it's all bananas.
They're writing songs of love, but not for me, A lucky star's above, but not for me, With love to lead the way, I found more clouds of grey, Than any Russian play could guarantee.
I was a fool to fall, and get that way, Hi ho! Alas! And also Lack a day! Although I can't dismiss, The memory of her kiss, I guess she's not for me.
It all began so well, but what an end, This is the time a fella needs a friend, When every happy plot, Ends in a marriage knot, And there's no knot for me.
“(...) não diferem o historiador e o poeta por escreverem verso ou prosa... Diferem, sim, em que um diz as coisas que sucederam e o outro as que poderiam suceder. Por isto, a poesia é algo mais filosófico e mais sério do que a história, pois aquela se refere principalmente ao universal e esta ao particular”
Apesar de terem sido os criadores da ciência dos homens no tempo, os gregos possuíam também um pensamento extremamente anti-histórico. Concebiam apenas o conhecimento do eterno, do permanente, do imutável, do supralunar. Esse ser supralunar realiza um movimento circular. Aristóteles define o movimento regular por três propriedades: eternidade, unidade e continuidade. A única espécie de movimento a possuir essas características é o circular. Ele é mais simples e mais perfeito do que o movimento retilíneo. Aristóteles nega a possibilidade da continuidade para o movimento retilíneo mesmo irreversível: ele não pode ser infinito. Ele vai de um termo a outro, pois é pura sucessividade. Ele busca o seu ser no futuro. Quanto ao movimento circular, ele é infinitamente contínuo: ele vai de um termo a esse mesmo termo. Não se vai a parte alguma, não se ganha e nem se perde nada, nada nasce, nada morre, nada falta. É um movimento estéril, isto é, perfeito, pois não acrescenta ser ao que já é. O movimento circular não revela o tempo, mas a eternidade. Nele não há mudança, transição, transcurso, novidade, evento, alteridade. O eterno movimento circular é primeiro ontologicamente e primeiro na ordem do conhecimento. O ser cognoscível só pode ser em movimento circular. (p. 147)
Lélio não se sentia, achou que estava ouvindo ainda um segredo, parece que ela perguntava, naquele tom requieto, que lembrava um mimo, um nino, ou um muito antigo continuar, ou o a-pio de pomba-rola, em beira de ninho pronto feito: - ‘Você é arte-mágico?...’ Viu riso, brilho, uns olhos – que tivessem que chorar, de alegria só era que podiam... -; e mais ele mesmo nunca ia saber, nem recordar ao vivo exato aquele vazio de momento (...) foi como se estivesse subido dali, em neblinas, para lugar algum, fora de todo perigo, por sempre, e de toda marimba de guerra... E era nela que seus olhos estavam.
---
Ao que era, um pássaro que ele tivesse, de voável desejo, sem estar engaiolado, pássaro de muitos brilhos, muitas cores, cantando alegre, estalado, de dobrar.
Abaixo do sol existe um outro planeta que se chama Vênus. É muito brilhante, claro e com reflexos luminosos, seco e frio por natureza (...). Vênus é a mais brilhante dentre as estrelas. É benevolente, doce e benfazeja. Interrompe e tempera a malícia de Saturno e todo outro malefício dos planetas. Brilha quando o sol corre no signo de Touro, e também quando ele se encontra em Libra, isto é, na balança, no mês de setembro. (...) As crianças nascidas sob seu signo parecem-se em muitos pontos aos filhos de Júpiter. São brilhantes, claros, graciosos e de aspecto alegre, amáveis, distinguidos e livres em suas maneiras, de um natural fervente e cheio de humor, o que os torna facilmente impuros e gulosos, inclinados a todos os prazeres desordenados e aos desejos dos sentidos. Temem o ódio e a inveja e, tanto quanto lhes é possível, estabelecem a paz e a concórdia entre os homens.
As doze benignas, cap. XLII (Ruysbroeck citado em "Roteiro de Deus")
_______
Segundo o mito, Vênus e seu filho Cupido tomaram a forma de peixes para fugir de Tifão, monstro, meio homem, meio animal, nascido da Terra e do Tártaro, e que ameaçou os deuses do Olimpo (...). Vênus e Cupido esconderam-se sob a forma do peixe, Pisces, para escapar das forças elementares, primitivas e desordenadas da terra, que ameaçavam o reino luminoso, ordenado e racional dos deuses do Olimpo - uma luta entre a escuridão da terra e a luz do céu.
Não, não é comigo que ele nasceu... A sua asa Só a um tempo ruflou desse modo, tamanho! Bateu-me o coração... E outro não sei que, estranho, Rudamente o rasgou como o seu bico em brasa...
Entrou-mo todo, enfim, como quem entra em casa E em meu sangue, a cantar, fez de um boêmio no banho! Oh! que pássaro mau! E eu nunca mais o apanho! Vês: estou velho já. Treme-me o passo, e atrasa...
Olha-me bem, no peito, o rubro ninho aberto! Hoje, fúnebre, a piar, uma estrige ao telhado E o meu seio vazio! e o meu leito deserto!
E vivo só por ver, como curvo aqui fico, Esse pássaro voar, largamente, um bocado De músculos pingando a levar-me no bico!
Quando o homem faz tudo o que pode e sua própria fraqueza impede-o de ir mais além, a infinita misericórdia de Deus deve completar a obra. Então aparece uma luz mais alta de graça divina, semelhante a um raio de sol que entra na alma, sem mérito de sua parte e sem que ela possa desejar algo de tão elevado; pois nesta luz. É Deus que se dá, com toda bondade gratuita e liberalidade, ele, que criatura alguma pode merecer antes de possuir. E acontece na alma, instantaneamente, uma operação misteriosa de Deus, que a move toda, ela e suas faculdades. Aqui não se trata mais de graça previdente, mas inteiramente de outra graça, que é luz sobrenatural.
O ornamento do casamento espiritual, livro I, cap. I.
. . .
Algumas vezes Deus suscita no espírito um fulgor rápido, algo como um raio no céu. É um curto jato de luz, de uma claridade ofuscante, que jorra na nudez simples. Num piscar de olhos o espírito é elevado acima de si mesmo, e, imediatamente, a luz deixa de existir, e o homem volta a si. Esta é uma obra do próprio Deus, e algo de muito nobre, pois, aqueles que são objetos dela tornam-se freqüentemente homens iluminados.
Aqueles que são tomados pelo ardor do amor sentem-no, algumas vezes, de uma outra maneira, pois neles brilha uma certa luz que Deus produz por intermediários; e sob esta influência o coração e a faculdade afetiva vão ao encontro da luz, e, quando se dá este encontro, a avidez e a fruição são tão grandes que o coração não os pode suportar, mas explode em tons impetuosos, e isto chama-se júbilo, isto é, uma alegria que não podemos exprimir em palavras. Somos, aliás, incapazes de contê-la e, no momento em que encontramos a luz com um coração que se eleva em sua direção e se abre grandemente, a voz deve seguir-se necessariamente, enquanto durar este estado e este gênero de luz. Certos homens interiores recebem, por vezes, de seu anjo da guarda ou de outros anjos, por via de sonhos, muitos ensinamentos úteis.
O ornamento do casamento espiritual, livro II, cap. XXIV
...
Ora, vocês sabem que todo encontro consiste na união de duas pessoas que vêm de lugares diferentes, opostos e separados. O Cristo vem do alto como um senhor que dá com liberalidade e que é todo-poderoso. E nós vimos de baixo, como pobres servidores que não têm poder por si mesmos, mas indigentes em tudo. E enquanto o Cristo vem a nós do interior para o exterior, nós vimos a ele do exterior para o interior; e deste modo deve fazer-se um encontro espiritual.
O ornamento do casamento espiritual, livro II, cap. LVI
Jan Van Ruysbroeck, In: VILHENA, Araujo. O Roteiro de Deus: dois estudos sobre Guimarães Rosa.