9 de janeiro de 2008

Um rio sem margens é o ideal do peixe


E desesperava, ao sentir que eu acumulava comigo tanto amor que estava inútil, sem ter onde pousar.

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Isso de querer-bem da gente é que nem avenca-peluda, que murcha e, depois de tempo, tendo água outra vez, fica verde... E que nem galho grosso de timbaúba, que está seco, e, a gente fincando pra fazer cerca, brota logo e põe raiz!...


Guimarães Rosa, em Sagarana; imagem: Chagall

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