5 de maio de 2009

Ér, érr, éérrr, Paul Ricoeurrrrr...


“A errância do navegador não clama menos por seus direitos que a residência do sedentário. Claro, meu lugar é ali onde está meu corpo. Mas colocar-se e deslocar-se são atividades primordiais que fazem do lugar algo a ser buscado. Seria assustador não encontrar nenhum. Seríamos nós mesmos devastados”


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“É nos confins do espaço vivido e do espaço geométrico que se situa o ato de habitar”


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“Quanto ao ato de construir, considerado como uma operação distinta, ele faz prevalecer um tipo de inteligibilidade de mesmo nível que aquele que caracteriza a configuração do tempo pela composição do enredo. Entre o tempo “narrado” e o espaço “construído”, as analogias abundam. Nem um nem outro se reduzem a frações do tempo universal e do espaço do geômetra”


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“A operação historiográfica procede de uma dupla redução, a da experiência viva da memória, mas também a da especulação multimilenar sobra a ordem do tempo”


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* Estou totaly in love with Paul Ricoeur... entrei em contato com ele pela primeira vez quando vi Patrícia se debatendo com “A memória, a história, o esquecimento” lá em Recife. Me arrisquei a ler umas páginas. Achei difícil, mas me interessei. No primeiro dia de aula de teoria, Regina perguntou quem gostaria de apresentá-lo e eu [muito desajuizada e ousadamente] me ofereci. E eis-me aqui. Estamos entre tapas e beijos: sofro, me apaixono, suspiro: não compreendo totalmente, mas sinto. É às vezes quase poesia. Tenho – estranhamente – me relacionado melhor com os trechos sobre espaço que com aqueles sobre tempo. Acho que é porque o tempo é uma matéria muito mais complexa e delicada (puxando brasa pra minha sardinha). E durante este “espaço de tempo” venho namorando com o livro; devo comprar o original. A professora Rosa disse com aquele jeito de falar inimitável que o Paul Ricoeur seria útil pra mim... ela está lendo o “Tempo e Narrativa” e falou que vai demorar uns quatro anos pra mastigar bem os três volumes! Imagine eu, pobre mortal. Será que bastaria entender com o coração? Veremos. Serão cenas dos próximos capítulos (da dissertação? rs).

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