* gente, tô com problemas pra postar imagens no blog... oh, vida!
25 de abril de 2009
Com qualquer dois mil réis
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24 de abril de 2009
existe um indefinível "je ne sais quoi" nos gatos
(...) existe um indefinível je ne sais quoi nos gatos, um misterioso quê cujo fascínio a humanidade já sentia nos tempos dos antigos egípcios. Sentimos uma inteligência quase humana por trás dos olhos de um gato. E, às vezes, confundimos o uivo de um gato, à noite, com um grito humano, arrancado de alguma parte profunda, visceral, da natureza animal do homem. Os gatos atraíram poetas como Baudelaire e pintores como Manet, que desejavam expressar a humanidade existente nos animais, juntamente com a animalidade do homem - e, especialmente, das mulheres.
DARNTON, Robert. O Grande Massacre dos Gatos.
22 de abril de 2009
Essa moça tá diferente
Essa moça tá diferente
Já não me conhece mais
Está pra lá de pra frente
Está me passando pra trás
Essa moça tá decidida
A se supermodernizar
Ela só samba escondida
Que é pra ninguém reparar
Eu cultivo rosas e rimas
Achando que é muito bom
Ela me olha de cima
E vai desinventar o som
Faço-lhe um concerto de flauta
E não lhe desperto emoção
Ela quer ver o astronauta
Descer na televisão
Mas o tempo vai
Mas o tempo vem
Ela me desfaz
Mas o que é que tem
Que ela só me guarda despeito
Que ela só me guarda desdém
Mas o tempo vai
Mas o tempo vem
Ela me desfaz
Mas o que é que tem
Se do lado esquerdo do peito
No fundo, ela ainda me quer bem
Essa moça é a tal da janela
Que eu me cansei de cantar
E agora está só na dela
Botando só pra quebrar
...
_________________________
[em homenagem ao scrap que loren me mandou e à moça aqui, que tá diferente!]
21 de abril de 2009
Esse cara
Ah! Esse cara
Tem me consumido
A mim e a tudo que quis
Com seus olhinhos infantis
Como os olhos de um bandido
...
20 de abril de 2009
Queda que as mulheres têm para os tolos
(...) como nos tolos tudo é superficial e exterior, não é o amor um acontecimento que lhes mude a vida.
Elas querem amor, qualquer que seja a sua natureza, e o que o tolo lhes oferece é-lhes bastante, por
mais insípido que seja.
I
Il est des noeuds secrets, il est des sympathies.
Passa em julgado que as mulheres lêem de cadeira em matéria de fazendas, pérolas e rendas, e que, desde que adotam uma fita, deve-se crer que a essa escolha presidiram motivos plausíveis.
Partindo deste princípio, entraram os filósofos a indagar se elas mantinham o mesmo cuidado na escolha de um amante, ou de um marido.
Muitos duvidaram.
Alguns emitiram como axioma, que o que determinava as mulheres, neste ponto, não era, nem a razão, nem o amor, nem mesmo o capricho; que se um homem lhes agradava, era por se ter apresentado primeiro que os outros, e que sendo este substituído por outro, não tinha esse outro senão o mérito de ter chegado antes do terceiro.
Permaneceu por muito tempo este sistema irreverente.
Hoje, graças a Deus, a verdade se descobriu: veio a saber-se que as mulheres escolhem com pleno conhecimento do que fazem. Comparam, examinam, pesam, e só se decidem por um, depois de verificar nele a preciosa qualidade que procuram.
Essa qualidade é... a toleima!
18 de abril de 2009
Fúcsia
Ju e eu fomos ontem ao Sebo Cultural e recebemos o livro numa “sacola poética”. É uma sacola normal, mas com poema onde devia haver só propaganda. Acabei percebendo só depois de um tempo. Estava escrito o seguinte:
FÚCSIA
Da paleta dos jambeiros
sai o fúcsia
que pinta e borda
as calçadas dos setembros
(Vitória Lima)
Gostei muitíssimo. Sempre achei lindas as flores dos pés de jambo e sempre disse que quero ter uma casa com jardim imenso e corredores de pés de jambo que deixem tapetes cor de rosa nos meus setembros.
(e crianças correndo nos corredores – mas isso é uma outra história...)
11 de abril de 2009
Guimarães Rosa na desciclopédia
Coxinha, após a saída do autor
E o texto crítico sobre um trecho da obra?
"No instante em que é capaz de habitar o cosmos do entreaberto, onde se processa a interpenetração dinâmica do sim e do não, O Menino realiza, na profundidade de seu próprio ser, o sutil intercâmbio dialógico da transcendência e da transdescendência. Dissociada da transdescendência, a transcendência conduz à infinitude vazia, que desvitaliza o homem. Separada da transcendência, a transdescendência reduz o homem à finitude subalterna, que o aniquila. Despotenciado pela liberdade sem rumo da infinitude transcendente, ou asfixiado pela opressividade sem perspectiva da finitude imanente, o homem definha e perece. A pura infinitude é sobrehumana, porque divina; a mera finitude é subhumana, porque animal. Apenas a transfinitude, irrompendo da tensão harmônica destes dois pendores complementares, permite ao homem consumar-se como homem, atualizando a dotação onírica de sua alma, potencializando a vocação poética de seu espírito e integralizando a sua alta missão órfica sobre a terra. Ao adquirir o dom dramático da transfinitude, o Menino transcende a aporia primitiva das duas rígidas margens da alegria, - a do bem incorpóreo e irreal e a do mal monstruoso e sobrenatural, - e se consagra na apoteótica conquista da Alegria definitiva da 'Terceira Margem do Rio', eternamente suspensa na fronteira abissal entre o ser e o nada, de onde não cessa de convidar o homem ao silêncio e à solidão, que propiciam a essencial consonância entre a imensidão do cosmos e a intimidade da alma"
MUITO BOM!
Pena não ter conseguido copiar e colar aqui o gráfico de inteligência que ia de 0 (Bush) a 10 (Guimarães Rosa).
In truitina
fluctuant contraria
lascivus amor et pudicitia.
Sed eligo quod video,
collum iugo prebeo:
ad iugum tamen suave transeo.
quem se interessar em saber o que é isso pode começar estudando latim.
(ou indo ao google, claro)
Soneto a quatro mãos
Tudo que fala em mim de amor foi dito.
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.
Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito.
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.
Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.
Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.
10 de abril de 2009
História e Verdade
(...) o encontro em história não é jamais um diálogo, pois a condição primeira do diálogo é que o outro responda: a histórica é aquele setor da comunicação sem reciprocidade. Mas, atendida a condição dessa limitação, ela é uma espécie de amizade unilateral, à maneira desses amores que jamais são correspondidos. (p. 41)
RICOEUR, Paul. In: História e Verdade. Rio de Janeiro: Forense, 1968.
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faz tempo que quero colocar aqui vááárias citações de coisas que tenho lido no mestrado, mas sem internet em casa não dá... por outro lado, nesses dias no crato mal peguei nas leituras, a não ser hoje: retomei o paul ricoeurrrrrr [como diria a querida regina célia.. e a vânia!] e pretendo retomar o aróstegui. a citação já valeu. tô lendo também aquele especial da revista 'mente e cérebro' sobre ele e o gadamer.. ah, que vontade de ler 'tempo e narrativa!". a imagem do post é do caspar david friedrich, aquele que é citado no lindo 'paisagens da história', do gaddis...
[listening to] Call Me
{na voz de Astrud Gilberto}
If you're feeling sad and lonely
There's a service I can render
Tell the one who loves you only
I can be so warm and tender
Call me, don't be afraid, you can call me
Maybe it's late, but just call me
Tell me, and I'll be around ...
When it seems your friends desert you
There's somebody thinking of you
I'm the one who'll never hurt you
Maybe that's because I love you
Call me, don't be afraid, you can call me
Maybe it's late, but just call me
Tell me, and I'll be around ...
Now don't forget me
'Cause if you let me
I will always stay by you
You've got to trust me
That's how it must be
There's so much that I can do ...
If you call I'll be right with you
You and I should be together
Take this love I long to give you
I'll be at your side forever
Call me, don't be afraid, you can call me
Maybe it's late, but just call me
Tell me and I'll be around ...
8 de abril de 2009
Almanaque, Buarque...
Diz quem é que marcava o tic-tac e a ampulheta do tempo disparou!
Se mamava se sabe lá em que teta o primeiro bezerro que berrou...
Me diz, me diz, me responde por favor:
- Pra onde vai o meu amor quando o amor acaba?
Quem penava no sol a vida inteira, como é que a moleira não rachou?
Me diz, me diz!
Quem tapava esse sol com a peneira e quem foi que a peneira esfuracou?
Me diz, me diz, me diz por favor!
Quem pintou a bandeira brasileira, que tinha tanto lápis de cor?
Me diz, me diz, me responde por favor...
Pra onde vai o meu amor quando o amor acaba?
Diz quem foi que fez o primeiro teto que o projeto não desmoronou!
Quem foi esse pedreiro esse arquiteto e o valente primeiro morador?
Me diz, me diz um morador!
Diz quem foi que inventou o analfabeto e ensinou o alfabeto ao professor!
Me diz, me diz
Me responde por favor!
Pra onde vai o meu amor?
Quando o amor acaba?
Quem é que sabe o signo do capeta eo ascendente de Deus Nosso Senhor?
Quem não fez a patente da espoleta explodir na gaveta do inventor?
Me diz, me diz, me diz por favor!
Quem tava no volante do planeta(que o meu continente capotou)?
Me responde, por favor...
Pra onde vai o meu amor
Quando o amor acaba
Vê se tem no almanaque, essa menina,
Como é que termina um grande amor?
Se adianta tomar uma aspirina ou se bate na quina aquela dor
Se é chover o ano inteiro chuva fina ou se é como cair do elevador
Me responde, por favor:
- Pra que que tudo começou?
- Quando tudo acaba?
Bridges
I have crossed a thousand bridges
In my search for something real
There are great suspension brigdes
Made like spider webs of steel
There are tiny wooden trestles
And there are bridges made of stone
I have always been a stranger
And I've always been alone
There's a bridge to tomorrow
There's a bridge from the past
There's a bridge made of sorrow
That I pray will not last
There's a bridge made of colors
In the sky high above
And I think that there must be
Bridges made out of love
I can see her in the distance
On the river's other shore
And her hands reach out longing
As my own have done before
And I call across to tell him
Where I believe the bridge must lie
And I'll find it, yes I'll find it
If I search until I die
When the bridge is between us
We'll have nothing to say
We will run through the sun light
And I'll meet him halfway
There's a bridge made of colors
In the sky high above
And I'm certain that somewhere
There's a bridge made of love.
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6 de abril de 2009
O visconde Partido ao Meio
5 de abril de 2009
Coisas lindas de Italo Breno
Tio Iran: Sério? E o dinossauro invisível era de que cor, Ítalo?
Ítalo: Vermelho!